O tamanho e a exuberância da Tabela Periódica sempre foi admirada até por quem desconhece a real utilidade dela. Ter um meio de comunicação universal sobre elementos, átomos e moléculas sempre foi bem visto pelos cientistas e amantes da ciência. Até mesmo em livros didáticos, na contracapa são encontrados os famosos elementos químicos e suas principais informações e até mesmo em uma singela sala de aula ou laboratório, a Tabela Periódica está exposta para quem quiser ver. Mas, como trabalhar a Tabela Periódica com os alunos de forma interativa, menos tradicional e mais interessante? Expor as dezenas de elementos aos alunos pode até ajudá-los a conhecer o básico da tabela, mas raramente eles sentirão motivados ao fascínio desta ferramenta da Química.

Em 2011, quando cursava o primeiro ano do Ensino Médio, minha professora de Química propôs um projeto para a confecção de uma Tabela Periódica. Cada equipe, de no máximo 5 alunos, tinha que confeccionar uma tabela totalmente diferente e fora do comum. Essa tabela fazia parte de um sistema avaliativo, mas muito mais do que isso, era uma atividade que desenvolvia o trabalho em equipe, divisão de tarefas e conhecimento sobre a ciência. A professora realizava este projeto todos os anos e lembro que ela apareceu na minha sala com os melhores modelos do ano anterior e eu pensei “Eu também quero fazer uma tabela bonita e útil para quem for utilizá-la”.

Usando um pouco do meu espírito de reaproveitamento de materiais, tive a ideia de fazer uma tabela de madeira com os elementos feitos de restos de peças plásticas de uma empresa de plástico da minha cidade. Nas peças plásticas, foram colados os elementos (previamente pintados e contendo algumas informações) e revestidos com papel-contact e pendurados na tabela de madeira. O resultado você confere nas fotos deste post (dando um desconto pelos anos que já se passaram).

A professora adorou a tabela e pediu para ficar com ela durante o resto do ano. Conclusão: ficou quase dois anos com a minha tabela, levando para todas as suas turmas para mostrar o trabalho e, eu só não dei de presente para ela porque na época já sabia que queria cursar Química e preferi ficar com ela para futuros usos. E usei! Já utilizei em algumas apresentações na Universidade e todos se encantam por ela.

A ideia desta tabela com os elementos removíveis é sobre a abordagem que o professor pode fazer com a turma. Aqui encontram-se algumas sugestões:

– O professor pode pedir que cada grupo faça uma tabela diferente e divida para que, cada grupo pesquise um determinado grupo da tabela periódica pedindo que os alunos pesquisem onde os elementos do grupo são encontrados na natureza e como eles estão inseridos na sociedade e sendo utilizados por ela;.

– Você, caro professor, deve estar pensando “Como vou achar essas peças plásticas?”. Caso você não encontre uma empresa que disponibilize esses restos de materiais, você pode substituir por tampas de refrigerantes (como são tantos elementos químicos, pode ser realizado uma campanha de arrecadação de garrafas PET na escola, sendo a garrafa um material que pode ser utilizado para aulas futuras). Além das tampas, podem ser arrecadados bottons antigos e estes fixados na tabela, entre outros materiais recicláveis..

– Caso o professor faça esta tabela com elementos removíveis, o professor pode fazer um bingo em que cada aluno recebe uma cartela com alguns elementos da tabela periódica e o professor vai sorteando os elementos, podendo citar algumas características deles para ajudar a encontrar os elementos na cartela..

O professor precisa explicar a Tabela Periódica de modo interativo para que haja a quebra da barreira que é criada com a Química no Ensino Médio, facilitando o aprendizado dos alunos e fomentando o interesse deles pelas aulas e também pela ciência..

E aí, o que acharam? Não deixem de comentar abaixo.
Nadine Inácio